quinta-feira, 11 de março de 2010

INOVAÇÃO: O NOME DO JOGO


Na era da globalização, as distâncias e as fronteiras já não existem. As tecnologias mais avançadas mudam produtos e mercados a cada dia. Tudo parece evoluir na velocidade de um raio. Negócios prosperam da noite para o dia. " Ninguém sobrevive sendo apenas um número: é preciso ter personalidade, ser distinto, diferente; diz o consultor americano Tom Peters, autor de O círculo da Inovação (editora Harbra).


A inovação, é bom que se diga, não se resume a ter uma ideia nova, mas a implantá-la na prática. Os teóricos costumam dizer que isso diferencia a criatividade da inovação. A inovação acontece sob muitas formas. Pode ser um novo produto ou uma nova embalagem, um avanço técnologico, a simplificação de um processo de produção, uma forma de atendimento especial ou uma ação de marketing inusitada.

Ao contrário do que muita gente imagina, ter e implantar ideias não significa que você deva ser um inventor genial. As canetas esferográficas, cujas vendas hoje superam 14 milhões de unidades ao dia, são um exemplo emblemático. No final da década de 30, o húngaro Laszlo Biro aproveitou o conceito da esfera rolante, patenteado para marcar couro, e vendê-la, mas foram a Parker e o barão francês Bich ( que derrubou o h de seu nome e lançou a Bic ) que melhoraram o produto e ganharam rios de dinheiro com ele. Até Henry Ford ( 1863-1947), fundador da empresa que leva o seu sobrenome, a primeira montadora de carros em série, fez a mesma coisa. "Não inventei nada de novo", disse Ford. " Eu só juntei as descobertas de outros homens, por trás de quem há séculos de trabalho."


MADE IN BRASIL

Seis empresas nacionais que implementaram seus respectivos ramos de atividade e mudaram os paradigmas de seus negócios.


  • BRADESCO: Fundado nos ano 40, o banco abriu as portas do sistema para o povão, trouxe a mesa do gerente para a frente das agências e se tornou a maior no país.

  • REDE GLOBO: Em 1969, a emissora aproveitou um novo sistema de transmissão por micro ondas e colocou no ar o Jornal Nacional, primeiro telejornal da TV brasileira transmitido ao vivo para todo país.

  • GOL: A empresa, criada em 2001, usou a tecnologia para baratear os preços das passagens e oferecer maior conveniência aos consumidores.

  • HABIB'S: A rede inovou ao oferecer pratos árabes pelo sistema fast-food e vender seus produtos pelo menor preço possível para atrair consumidores de baixo poder aquisitivo.

  • MAGAZINE LUIZA: Em 1991, a rede de eletrodomésticos criou lojas sem estoques para viabilizar sua instalação em cidades de menor porte e, em 2005, implementou uma rede interna de televisão para motivar os funcionários.

  • NATURA: A cada ano, a empresa lança 180 novos produtos. Faz pesquisas com matérias-primas diferentes, como o jambu, de efeitos anestésicos, nunca antes usado na produção.


"A GRANDE MAIORIA DAS INOVAÇÕES NÃO É COMPOSTA POR PRODUTOS FANTÁSTICOS." ( Robert Newhart II )


" A grande maioria das inovações não é composta por produtos fantásticos"; diz o consultor americano Robert Newhart II, presidente do Inovation Cennter, organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos especializada na orientação de empresas na área. Inovar é algo fundamental para quem quer crescer no mundo dos negócios. Mas o que fazer para impregnar sua empresa com o espírito da inovação? Como transformá-la numa usina de ideias? Antes de qualquer coisa, é preciso não ter ilusões. Não é uma missão muito fácil de realizar. Vai exigir muito empenho de sua parte e um comprometimento total de seus funcionários, em todos os níveis. E, apesar de parecer complicado para uma empresa de pequeno ou de médio porte chegar lá, não faltam casos de quem superou os obstáculos e incorporou a inovação ao seu dia-a-dia.
A Tecnoblu, de Blumenau, por exemplo, conseguiu fazer de prosaicas etiquetas de roupas um item de moda. Hoje,graças a isso, de acordo com Cristiano Buerger, 34 anos, dono do negócio, a empresa produz quatro milhões de etiquetas por mês.
Buerger conta que, para diferenciar-se no mercado, aposta na criatividade. Lança catálogos a cada semestre. Cada catálogo traz 120 etiquetas, das quais 50 são totalmente novas. Buerger diz que, para alcança tais resultados, procura incentivar seus funcionários. Seus oito designers recebem uma remuneração variável. Todos os outros funcionários podem apresentar sugestões. As melhores são reconhecidas como prémio em dinheiro.
Durante o seminário Gestão do Futuro, realizado em São Paulo (SP), em maio de 2007, o guru indiano Ram Charan afirmou que quem não se questiona diariamente não consegue inovar e, portanto, permanece no limbo. Autor do livro Execução – A disciplina para atingir resultados, Charam defende a ideia de que as empresas que ditam os passos da economia são as que exercitam ideias inovadoras constantemente.
Portanto, tão importante quanto você querer inovar hoje, é saber que precisa criar uma cultura de inovação dentro da empresa. Isso pode ser altamente lucrativo. É uma pena que ainda existam empresas duras, ortodoxas no quesito experimentação. Não deixam os funcionários voar, testar coisas novas e criar. Quem não erra, não faz. E é engraçado, que de outro lado, há empresas que bonificam seus funcionários por isso, que gratificam seus clientes por sugestões, e ainda terceirizam parceiros na área de pesquisa para acelerar os seus processos. Em qual delas você gostaria de trabalhar? Qual você acha que tem mais lucratividade a médio e longo prazos? Então, o que está faltando para você e sua equipe reinventarem a empresa?




Referências

http://64.233.163.132/search?q=cache:-Yr2Ye3aOQIJ:www.marcelodesouza.adm.br/component/content/article/37-negocios/52-pequenas-empresas-grandes-inovacoes.html+pequenas+empresas+grandes+neg%C3%B3cios+revista:INova%C3%A7%C3%A3o&hl=pt-BR&gl=br&strip=1

Revista Pequenas Empresas e Grandes Negócios.